A Catedral


Catedral – Santo Antônio

É a igreja-mãe da Diocese, o centro da vida litúrgica. É o ponto concreto de unidade, templo das grandes celebrações diocesanas. Nela está a “cátedra” do bispo. A primeira catedral foi a antiga matriz, uma bela construção neoclássica, mas que se encontrava em estado precário. O primeiro bispo, Dom Ernesto, ouviu a opinião de alguns engenheiros, buscando uma solução para os problemas. Mas eles disseram que a melhor solução seria demolir a igreja. Em reunião do clero, Dom Ernesto comunicou a decisão de construir uma nova igreja catedral e recebeu aprovação unânime. Diante disso o bispo decretou a demolição da velha matriz e publicou na imprensa um edital a esse respeito. E algumas vozes discordantes começaram a se manifestar.

Mas a decisão estava tomada. O bispo solicitou à Santa Sé licença para que a Igreja de São Benedito funcionasse como Catedral provisória durante a construção da nova, o que foi concedido.

No dia 25 de janeiro de 1946, Dom Ernesto celebrou a última missa na velha catedral. Após a celebração, a imagem de Santo Antônio foi transladada para a Igreja São Benedito. E à noite, o Santíssimo Sacramento foi levado em procissão. No dia seguinte, iniciou-se a demolição da velha igreja. Meses depois, a 13 de junho, dia de Santo Antônio, foi lançada e benta a pedra fundamental da nova Catedral.

Na festa de Santo Antônio de 1948, Dom Ernesto celebrou a primeira missa na catedral em construção. Em 1950, a partir de abril, nos domingos e dias santos, as missas passaram a ser celebradas na igreja em fase de acabamento. No dia do padroeiro, foram inaugurados os vitrais das naves laterais, com cenas representativas da sua vida. No dia 7 de dezembro foram inaugurados o altar-mor, a mesa da comunhão, o forro, os vitrais da nave central e a grande rosácea do coro.

E depois de apenas quatro anos, no dia 27 de dezembro de 1950, aconteceu a inauguração oficial da Catedral, com missa pontifícia celebrada pelo pároco, Monsenhor Manoel Francisco Rosa, que comemorava seu Jubileu de Ouro Sacerdotal e que foi o responsável pelas obras de construção do templo. Estavam presentes o bispo diocesano, Dom Ernesto de Paula; Dom Paulo de Tarso Campos, bispo de Campinas; Dom José Carlos Aguirre, bispo de Sorocaba; Dom Francisco Borja do Amaral, bispo de Taubaté; Dom Paulo Pedrosa, abade do mosteiro de São Bento; vários sacerdotes de Piracicaba e Campinas e um grande número de fiéis.

Faltavam ainda a conclusão das torres e outros pequenos serviços de acabamento, mas “a nova catedral se apresentou em toda a sua majestade, e o povo foi unânime em me felicitar” – escreveu Dom Ernesto em seu livro “Reminiscências”.

No dia 13 de março de 1958, aconteceu a bênção das torres, pelo Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, arcebispo de São Paulo, com a presença do Presidente da República, Juscelino Kubitschek, do Governador do Estado, Jânio Quadros, de deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores de vários municípios, outras autoridades, sacerdotes, religiosos e muitos fiéis que lotaram a praça. E no dia 17 de junho de 1962, aconteceu a dedicação da Catedral, oficiada por Dom Armando Lombardi, Núncio Apostólico, a convite de Dom Aniger.

(Fonte: Boletim Informativo da Diocese de Piracicaba, Nº 197).